quinta-feira, 23 de setembro de 2010 | By: ~* Manu Grecco

Formatos, Ações. Formatações

Por onde começo?
Pelo começo do meio?
Pelo meio do começo?
Pelo meio do fim?
Pelo fim do meio?
Pelo começo do fim?


Ainda sem nenhum formato
O triângulo me parece sempre igual
Igualzinho a tudo que acontece.
"Pegue o papel e escreva qualquer palavra"

Com é sem.
Cem é com.

E quebrando o cartão ele destruiu o poder.

"Depois cate as palavras"
E forme as mais loucas loucuras loucas que se pode pensar...
...pensar...
pensar por onde começar...
pensar por onde começar a pensar
Em como sair daqui
Da frente dessa porta
Que me mostra o início de um começo
Sem fim.
sábado, 18 de setembro de 2010 | By: ~* Manu Grecco

E você?

Eu sei a data
Eu sei o gosto
Eu sei o jeito
Eu sei o cheiro
Eu sei a medida
Eu sei a vontade
Eu sei a força
Eu sei a hora
Eu sei a musica
Eu sei o dia
E sei a noite
Eu sei a cor
Eu sei a entrada
Eu sei o estilo
Eu sei a velocidade
Eu sei a dúvida
Eu sei o susto
Eu sei a verdade
E sei a mentira
Eu sei o drible
Eu sei o sono
Eu sei o beijo
Eu sei a saudade
 Eu sei o volume
Eu sei a intensidade
Eu sei do meu amor.

Sei de tudo
           De tudo um pouco
                             Pouco
                                     Mas de tudo aquilo
                                               Daquilo que me interessa.
                                                                                 E você?


sexta-feira, 17 de setembro de 2010 | By: ~* Manu Grecco

Passo a Passo

Arrisquei
Depois pensei
Minto se digo que medo não tive
E realmente arrisquei
Fui.
Desconhecida a dificuldade não é
Fácil também não
Mas ser desafiada já é início
E então aconteceu.
As portas estavam abertas
Sem conotações pejorativas
Tão pouco pós-românticas
Estavam sim,
Todas elas,
TODAS!
Significando em porta bandeira
Sua permissão de entrada.
Convidei:
- Entre
Vi que as coisas então poderiam ter cores vivas;
Vi que a sinceridade da qual eu conhecia, tinha uma versão mais pura;
E vi também que era confortável
Sem almofadas
Sem colchão
Sem conforto proporcionado,
Naturalmente confortável.
Mãos dadas e algumas perguntas
Formação primária de um conhecimento
Agora, nessa fase, eu lia o manual.
Inútil, já que em Mandarim.
Poucos atos, me serviram de mímicas.
Me deram o entendimento necessário.
Percebi que agora eu podia seguir.
Cá estamos nós.
Sou ansiosa e paixão,
E você uma estrada pra eu sempre viajar.



quarta-feira, 8 de setembro de 2010 | By: ~* Manu Grecco

Um novo,

Veja só.

Hoje eu me peguei desenhando corações, tentando deixar um mais perfeito que o outro na lateral de uma folha da atividade durante uma aula, destraída, pensando em alguma coisa que eu não me lembro mais o que.
Tenho 12 anos novamente, e novamente vivo o primeiro amor.
Ou vivo pela primeira vez o primeiro amor?
Constato assim, que:
- Pelo calor no corpo ao lembrar;
- Por querer ver;
- Pela saudade do abraço;
- Pelas brincadeiras;
- Pelas gírias que se aprende num curto momento de convivência;
- Pela voz que eu escuto sem nem te ter perto;
- Pela ansiedade;
- Pelo medo de perder;
- Pelo suor nas mãos;
- Por coisas que são ditas;
- Pelo medo de magoar;
- Pelas formas de demonstração de carinho;
- Pelo medo de ser magoada;
- Pelas músicas que me fazem lembrar;
- Pelos textos escritos;
- Pelo telefone que não toca;
- Pela vaidade instantânea;
- Pela vontade de agradar;
- Pelo ciúme saudável;
- Pelas bobagens de todo namoro;
- Pelo frio na barriga...

Enfim, pelo amor que se expressa na minha particular forma de saudade.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010 | By: ~* Manu Grecco

Satélite

Fim de tarde
No céu plumbeo
A lua baça
Paira
Muito cosmográficamente
Satélite

Desmetaforizada
Despojada do velho segredo da melancolia
Não é agora o golfão dos cismas
O astro dos loucos e enamorados
Mas tão somente
Satélite

Ah lua deste fim de tarde
Demissionária de atribuições românticas
Sem show para as disponibilidades sentimentais
Fatigado de mais valia
Gosto de ti assim
Coisa em si
- Satélite

Manuel Bandeira - Satélite




minutes...

Por outras vezes houve a situação que distante de mim encontrava-se o amor e o meu amor.
E por todas elas eu não soube fazer aproximar e não agarrei o amor com as minhas unhas, que ainda que curtas, por certo, o segurariam.
E cá estamos nós.
Mais uma vez diante a uma situação já vivida.
Mas ora os erros conhecidos, ei de não repetir.
Quero ser com você a prova final com todas as correções.
Repito o amor, o sentimento e a entrega. Devo eu?
Mas não repito o erro, jamáis. Não com você.

Por outro lado, tem o eu. Tenho eu.
E quando vi o amor indo somente por ida?
E quando ví-lo ir?
E quando foi?
Houve também a minha espera.
Quantas e quantas vezes?
Enfim...
Hoje, diante daquele fato que eu disse linhas atrás,
Mais subjetiva que nunca!
E olha,
Por tantos calos, que de forma alguma e de alguma forma, me tornariam ou me tornaram experiente.
Mas quero voltar.
Me sentir como se não houvessem armaduras.
Senti tanto, agora quero sentir tanto!
Mas por você, quero até sentir de novo.


Pretérita mais que perfeita.
Abrigar toda a insegurança em mim.
Mostrar que em mim não há.
Que de você sou oposto.